Gestão de Fretes

Frete de cargas pequenas: tudo que você precisa saber para fazer do jeito certo

7 minutos de leitura
Frete de cargas pequenas: tudo que você precisa saber para fazer do jeito certo
Hivecloud
Escrito por:
Atualizado em 9 de abril de 2025

Muitos transportadores começam no ramo oferecendo frete de cargas pequenas. Seja pela infraestrutura mais enxuta ou pela pouca experiência no setor.

E apesar desse tipo de serviço parecer mais simples, ela exige muita atenção para evitar prejuízos e problemas com o fisco.

Se você quer entender melhor como funciona o frete de cargas pequenas e como atuar de forma segura e eficiente, continue a leitura!

    Como funciona o frete de cargas pequenas?

    O frete de cargas pequenas se caracteriza pelo transporte de mercadorias com peso ou volume reduzido.

    Esse tipo de frete costuma ser bastante comum em entregas de e-commerce, peças automotivas, eletrônicos, alimentos, e outros produtos que não ocupam o espaço total do caminhão.

    Em geral, esse tipo de frete costuma ser feito por veículos menores, como caminhões 3/4, VUCs ou até mesmo furgões, o que torna o serviço mais ágil e acessível, especialmente para quem está começando no transporte.

    Mas, apesar de parecer algo simples, esse tipo de frete precisa seguir regras fiscais como qualquer outro. Ou seja: dentre outras obrigações, é necessário emitir os documentos obrigatórios, como o CTe (Conhecimento de Transporte Eletrônico) e o MDFe (Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais).

    Mercado e demanda para o frete de cargas pequenas no Brasil

    Segundo dados da Transvias, o mercado brasileiro de transporte de cargas fracionadas cresceu 40,05% em 2024.

    O número de consultas por esse tipo de serviço saltou de 693.204 em 2023 para 970.858 no ano seguinte, refletindo uma demanda cada vez maior por entregas de cargas pequenas.

    Esse avanço tem sido impulsionado, principalmente, pela expansão do comércio eletrônico e pela busca por soluções logísticas mais ágeis e acessíveis.

    Destaque para a região Nordeste, que registrou um crescimento impressionante de 90,46% nas consultas — de 201.060 em 2023 para 382.942 em 2024 — reforçando a importância cada vez maior do frete de cargas pequenas no cenário nacional.

    Qual a diferença entre carga pequena, fracionada e carga lotação?

    Para quem está começando, entender as diferenças entre os termos carga pequena, carga fracionada e carga lotação pode ser difícil.

    Principalmente porque apesar de parecerem semelhantes, cada um deles representa um tipo de operação diferente no transporte rodoviário de cargas:

    Carga pequena, como o nome já diz, é uma carga de volume ou peso reduzido. São aquelas entregas menores, que costumam ser comum entre empresas menores, e-commerces ou pequenos comércios. O frete para esse tipo de carga costuma ser muito procurado por transportadores que estão começando e ainda não têm estrutura para grandes fretes.

    Já a carga fracionada acontece quando o transportador junta várias cargas pequenas de clientes diferentes em um mesmo caminhão. Ou seja, ele “fraciona” o espaço do veículo, otimizando rotas e reduzindo custos. Cada entrega tem seu próprio destino, e o caminhão faz várias paradas. Apesar de ser um modelo versátil, exige uma boa organização logística.

    A carga lotação (também chamada de carga fechada) é o oposto da fracionada. Nesse caso, o caminhão é totalmente ocupado por uma única carga, de um único cliente, indo direto do ponto de coleta até o destino final, sem paradas no caminho. Esse tipo de transporte costuma envolver cargas maiores, mais pesadas ou que exigem exclusividade no trajeto.

    Como funciona o frete de cargas pequenas na prática?

    O frete de cargas pequenas abre diversas possibilidades de atuação para uma transportadora.

    Afinal, como se trata de mercadorias leves ou de menor volume, é possível atuar com caminhões menores e reduzir o custo da operação.

    Mercado de cargas fracionadas

    Uma das formas mais comuns de atuação é o modelo fracionado, no qual o transportador pode aproveitar melhor o espaço do veículo e gerar mais faturamento em um único trajeto.

    Parcerias com marketplaces e outras empresas

    É possível firmar parcerias com marketplaces, comércios locais ou transportadoras maiores, atuando como operador regional para entregas de última milha.

    Há ainda quem prefira focar em contratos fixos com empresas da região, oferecendo um serviço mais personalizado e recorrente.

    Ou seja, mesmo com uma frota enxuta, dá para operar de forma eficiente e rentável, mas desde que a logística seja bem planejada e os documentos fiscais estejam sempre em dia

    Foco em nichos específicos

    Também é possível focar em nichos específicos, como o transporte de peças automotivas, alimentos perecíveis, medicamentos ou itens de alto valor agregado. São cargas que exigem mais cuidado e agilidade, por isso muitas vezes compensa a lucratividade.

    Fretes sob demandas

    Também vale a pena trabalhar com fretes sob demanda, atendendo autônomos, lojistas e pequenos produtores. Principalmente em regiões onde as grandes transportadoras não chegam ou não compensam financeiramente.

    Quais documentos são obrigatórios no frete de cargas pequenas?

    Apesar de ser um frete de pequeno porte, com mercadorias pequenas ou de baixo valor, a fisco exige a emissão de documentos fiscais obrigatórios.

    Essa regra vale tanto para quem faz entregas dentro de um mesmo estado ou para quem atua em rotas interestaduais. Ou seja, deixar de emitir esses documentos pode gerar multas e até ocasionar a retenção do veículo.

    Nesse sentido, os principais documentos obrigatórios são:

    • CTe: documento que comprova a prestação do serviço de transporte.
    • MDF-e: é um documento que reúne todos os outros (CTe MDFe) de uma viagem. Ele é obrigatório quando há mais de uma carga ou quando o transporte passa por diferentes municípios ou estados.
    • CIOT (Código Identificador da Operação de Transporte): exigido quando o transporte é feito por um TAC (Transportador Autônomo de Cargas) ou quando a microtransportadora contrata um agregado. Serve para regulamentar o pagamento do frete.

    Vale lembrar: mesmo que a carga seja pequena ou fracionada, o que importa para a lei é que o serviço de transporte está sendo prestado. Ou seja, se você emite nota de frete, tem que emitir também o CTe e o MDFe.

    Então, para evitar erros, atrasos ou multas, o ideal é contar com um sistema emissor simples e confiável, como os da Hivecloud.

    Quais as vantagens de atuar com cargas pequenas?

    Para quem está começando no transporte rodoviário ou quer manter uma operação mais enxuta, trabalhar com cargas pequenas pode ser uma excelente escolha. São várias vantagens que fazem a diferença no dia a dia da microtransportadora:

    • Baixo custo operacional

    Como as cargas são menores, é possível utilizar veículos mais compactos, que consomem menos combustível, são mais baratos de manter e têm acesso facilitado em centros urbanos.

    • Flexibilidade de atendimento

    Com cargas pequenas, é mais fácil montar rotas inteligentes e atender diversos clientes em um mesmo trajeto, aumentando a rentabilidade da viagem.

    • Alta demanda no mercado

    Como o comércio eletrônico em crescimento e a descentralização de estoques, pequenos comércios, e-commerces e indústrias locais estão cada vez mais procurando transportadoras ágeis para fazer entregas rápidas e pontuais.

    • Diversificação de serviços:

    Trabalhar com cargas pequenas permite que você realize entregas urbanas, fretes regionais, última milha, contratos fixos com empresas e muito mais. Tudo isso sem a necessidade de grandes investimentos.

    Ou seja, esse modelo é uma excelente escolha para a transportadora que busca crescer de forma sustentável, com maior controle dos custos e espaço para fidelizar clientes através de um atendimento mais próximo e personalizado.

    Como começar a oferecer frete de cargas pequenas com segurança?

    Se você quer começar a trabalhar com frete de cargas pequenas, o primeiro passo é garantir que sua transportadora esteja regularizada.

    Mesmo que você tenha apenas um caminhão e atue sozinho, é essencial formalizar o negócio para evitar multas e ter acesso a clientes maiores.

    Comece definindo o tipo de empresa ideal para o seu porte. Muitos transportadores optam por abrir um MEI ou empresa no Simples Nacional, pois isso permite atuar com mais segurança e emitir os documentos fiscais exigidos pela legislação.

    Depois disso, você vai precisar se cadastrar na ANTT para obter o RNTRC (Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas). Esse registro é obrigatório para empresas e autônomos que prestam serviço de transporte remunerado de carga.

    Quando a empresa legalizada, o próximo passo é investir em um bom emissor de documentos fiscais, como o CTe e o MDFe, que são exigidos mesmo em operações com cargas pequenas ou fracionadas.

    Nesse passo, a boa notícia é que você pode contar com a Hivecloud! Nossos sistemas são simples, rápidos e acessíveis, ideais para quem quer profissionalizar a operação sem complicação.

    Entre em contato conosco e faça um teste grátis.

    Faça sua primeira emissão de CTe grátis

    Experimente agora o emissor de CTe mais rápido do mercado!

    Faça sua primeira emissão de CTe grátis
    *Ao inscrever-se, você aceita nossos Termos de Uso.